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domingo, 26 de maio de 2019

Juventude Transviada: Ração para Burro é o Alimento da Canalha / Fábio de Carvalho Maranhão

Em pleno ano de 2019 nos deparamos com todo tipo de mazelas anti-culturais capazes de afastar de maneira impressionante esses garotos e essas garotas que ainda cheiram a leite. Trata-se de uma juventude ilusória, que andam com um pé na lua e o outro fazendo passinho. Às vezes eu me pergunto o que é que estão aprendendo na escola e no lar. Não há o que temer quando o questionamento parte de uma realidade infelizmente lamentável. Quem sai ganhando são, por incrível que pareça, a canalha que compram votos nos meios das ruas e no congresso, pois se amanhã surgirem mais uma dúzia de simpatizantes disso que chamam de arte e cultura, são 12 pessoas a menos que poderiam pensar mais e ler a realidade com objetivos coerentes. Não estou condenando essa história de passinho e etc, mas o fato da ausência de investimento em cultura de uma forma massificada, no intuito de desenvolver o pensamento crítico, que questione realidades. Não cabe a mim condenar ou abraçar essa causa, porém, minha escolha é levantar os questionamentos que acredito ser importante.
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Como não tem como me esquecer das cenas horripilantes que presenciei ontem, por acaso, em plena praça pública, resta-me dizer que enquanto choviam palavrões nas músicas em sons potentes, grupos de jovens cheirando a leite e a ideologia vencida, dançavam a chamada “bingada” sob aplausos e gritos de alienações diversas. Do outro lado, autoridades bêbadas, “autoridades” violentas, bêbados caindo por cima de mesas, brigas de duplas e de casais de namorados, um pede-pede de cerveja que não acabava e gente querendo ser rico apulso. Vira e mexe uma briga. Mãozada da cara, puxões de camisa, quedas de moças embriagadas, palavrões de um grupo de jovens que passavam dentro da “festa”, gente saindo de fininho sem pagar, garçom tomando uma bicada por trás do balcão para o patrão não ver. Vi de tudo! Beijo triplo, pegada de bunda de fininho, gente urinando no meio da rua, seguranças alterados para manterem a ordem, até choro de embriaguez de uma dona que não sabia se tomava o copo de uma vez ou se regava para tomar de bitoca, pois fazia mais de uma hora que a cerveja esquentava no copo. Pense em um sofrimento para beber e chorar escutando o cantor mandando uma música de corno e de roedeira. Mas voltando ao assunto anterior, o clima estava para tudo, especialmente para fabricar malandros, especialistas em alienação subcultural. A praça que chamam de Praça de Alimentação estava mais para Praça da Maldição. Eu acho que nunca se ouviu tantos palavrões como numa praça pública como ontem. Enquanto por uma música se ouvia chamar as mulheres de cachorras, logo em seguida, um monte delas imitavam latidos de cadelas, se depreciando sem nem darem conta disso. Nessa hora, passou perto de mim, uma linda mulata, de cabelos super cacheados, vestindo um vestido estilo tribal, reprovando a cena com um sutil balançar negativo de cabeça. Salvou a pátria! Fiquei fã da sua maneira de pensar sem que ela precisasse dizer qualquer palavra. É por isso que o alimento da canalha provem da raçãoque ela oferece à geração do século XXI, viciadas em redes sociais e em photoshop para ficarem bem na “fita”. Levam à praça pública a festa da “moçada”, que nos anos 90, por exemplo, no Rio de Janeiro, com João Nogueira, Paulo César Pinheiro, RobertoRibeiro, era o Samba. Mas é como se fala no popular de Petrúcio Amorim: “Político não gosta de povo letrado e sabido”. Renato Russo frisou bem em Aloha. E eu deixo aqui minha inquietação. Em Cortês não é diferente de muitos lugares, más não são em todos os lugares que a história é também escrita em forma de crônica para ajudar o povo a pensar...
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Fábio de Carvalho Maranhão, Cortês-Pernambuco.
domingo, 26 de maio de 2019 (22hs – 22h49min) (Biblioteca Perticular / Escritório de Trabalho)



Fábio de Carvalho Maranhão
Biblioteca Particular / Escritório de Trabalho

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